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  • A geologia sedimentar da Guiné-Bissau : da análise geral e evolução do conhecimento ao estudo do Cenozóico
    Publication . Alves, Paulo; Azevedo, Maria Teresa Mira de
    RESUMO: A apresentação desta dissertação está subdividida na Parte 1, que constitui a caracterização genérica da Guiné-Bissau, como meio em que se desenvolve todo o trabalho, com grande destaque para o enquadramento geológico e análise bibliográfica, enquanto na Parte 2 se estuda especificamente a análise da Bacia Mesocenozóica, sob diferentes perspectivas, em particular da sua estrutura e preenchimento, incluindo a análise textural e a investigação da fonte de proveniência sedimentar; por fim na Parte 3, abordam-se os fenómenos de lateritização e, como estudo de caso, os vendus. Face às características próprias da Guiné-Bissau, como país tropical muito aplanado e parco em afloramentos, recorreu-se à amostragem sistemática em poços artesanais como forma de obter amostras representativas para análise sedimentológica, bem como à análise de logs de sondagens para conhecer a litologia mais profunda. A análise sedimentológica incluiu a correlação de parâmetros texturais, que permitiu constatar o predomínio do ambiente fluvial (inclusive no Arquipélago dos Bijagós), o que indica uma alteração na distribuição espacial ou no tipo da rede hidrográfica, já que nenhum dos poços amostrados se situa, actualmente, a distância menor do que 5 km de qualquer curso fluvial importante. Este estudo sedimentológico evidenciou contrastes nítidos entre níveis litológicos, embora geralmente sem sustentabilidade para definir uma litostratigrafia; as limitações evidenciadas nesta análise dever-se-ão essencialmente a fenómenos de alteração (sobretudo ferralítica) que modificaram as características texturais. São apresentados valores gerais de espessura da Bacia Mesocenozóica e a sua evolução geológica e geomorfológica, recorrendo por vezes, através do enquadramento geológico regional, à extrapolação para o país, de alguns aspectos da evolução geológica das regiões vizinhas. É apresentada a litostratigrafia do Cenozóico, em que, devido à indefinição de diversos intervalos, são consideradas Unidades litostratigráficas, Unidades morfológicas ou Conjuntos litológicos. As principais unidades cenozóicas são o Continental Terminal (Mio-Pliocénico), ocorrendo sobre 20 a 30% do território da Guiné-Bissau, com 30 m de espessura média, e os calcários margosos do Miocénico (o recurso ao estudo de uma extensa amostragem permitiu aferir a sua idade ao intervalo Miocénico inferior - Miocénico médio). Diversos processos geológicos são de caracterização objectiva ainda incipiente, como é o caso da intervenção das transgressões quaternárias reconhecidas em países próximos. A evolução do relevo foi importante no Quaternário, com o desenvolvimento de vastos glacis e encouraçamentos, verificando-se uma hierarquização de patamares com expressão no modelado actual. São de destacar as variações do nível do mar nos últimos 40.000 anos que condicionaram a história geológica do território, com destaque para um episódio regressivo em que o nível do mar terá atingido -110 a -130 m. Na análise de proveniência dos sedimentos cenozóicos presentes foi considerada a interacção entre os sistemas fluviais e a hipsometria numa área de 4x105 km2, concluindo-se que é de privilegiar o Fouta Djalon (na Guiné Conakry) como cadeia montanhosa que, implantada na topografia geral de África pelo menos desde o Cretácico, terá contribuído de forma primordial como fonte de fornecimento de sedimentos para a Guiné-Bissau, sobretudo após o seu soerguimento no final do Eocénico. Como principal agente de transporte é salientado o papel da rede hidrográfica do Corubal, que atravessa e desagua neste país, provavelmente desde o Cretácico superior, drenando a região ocidental do Fouta Djalon. Pela análise da distribuição dos sistemas fluviais evidenciam-se alguns indícios de que o Corubal poderia ter desaguado no SW do país (assim se explicando o profundo canal terminal do rio Grande de Buba e a sua continuidade pelos canais de Bolola e Orango, já na plataforma), após o que teria sido capturado pelo Geba, passando a seguir o curso actual. Em termos de unidades que contribuíram com sedimentos através da Bacia do Corubal assumem particular relevo o Grupo de Youkounkoun e as rochas do Paleozóico, presentes no Fouta Djalon ocidental e nas regiões mais baixas situadas a W, como é o caso da Bacia de Bové. Na contribuição sedimentar foram (e serão ainda) remobilizados elementos provenientes, por exemplo, do Continental Terminal (presente na Guiné-Bissau) e das restantes unidades superficiais. Os resultados do estudo mineralógico da fracção pesada representaram também uma contribuição para esta análise de proveniência. Dadas as evidências de estabilidade paleogeográfica e paleoclimática ao longo das últimas dezenas de milhões de anos, as características de drenagem e transporte apresentadas para a Bacia do Corubal terão uma representatividade alargada ao longo do tempo, incluindo a elevada capacidade de transporte e a natureza dos sedimentos, sendo referidos valores de carga sólida e em solução determinados na parte de montante da rede do Corubal como indicadores do seu potencial de transporte. Face às características particulares da plataforma continental, muito aplanada, de grande extensão e largura e com testemunhos de lateritizações e de antigas linhas de costa a vários níveis, é de considerar que terá constituído um prolongamento do território emerso da Guiné-Bissau e que estará geneticamente relacionada com o transporte sedimentar proveniente das fontes já assinaladas. Da superfície da plataforma continental sobressai o Arquipélago dos Bijagós, com implantação bem marcada pelas isóbatas 20 e 10 e que se terá individualizado do Continente no Holocénico; as formações presentes serão, em termos gerais, plio-quaternárias, incluindo o “laterito da cota zero” que, juntamente com o Miocénico subjacente constituirá o esqueleto do Arquipélago. A contribuição dos lateritos para o modelado do território é representada por formas de relevo e erosão diversas, com destaque para bouais, planaltos tabulares, depósitos de vertente e depressões de abatimento. Os processos de lateritização incluem encouraçamentos que ocorrem em todo o território, por vezes com espessura da ordem dos 10 m, ou correspondentes a fases distintas de lateritização; é de destacar o “Laterito da cota zero”, que caracteriza as regiões insulares e o litoral, o Laterito do Planalto de Bafatá-Gabu e os Lateritos e bauxitos do Planalto do Boé. Algumas observações de campo e certas características petrográficas observadas sugerem que a lateritização se tenha processado, sobretudo, em sedimentos cenozóicos. Destaca-se a análise dos vendus como unidades geomorfológicas da Guiné-Bissau. Os vendus ocorrem apenas no Leste do país, em formações cenozóicas sobre substrato ante-mesozóico, constatando-se a tendência para se posicionarem sobre alinhamentos N30º-40º E. A sua caracterização indica que se formaram em áreas provavelmente já ocupadas por lateritos, localmente caracterizadas por uma rede de descontinuidades, evoluindo por fracturação, fragmentação e dissolução, com lixiviação de elementos móveis e concentração dos materiais finos remanescentes, observando-se, por vezes, lateritização subjacente. As condições climáticas são também importantes, sendo essencial prevalecer um clima subtropical tipo monção; a redução da pluviosidade que se verificará actualmente poderá estar já a provocar a regressão de alguns vendus.
  • Contribuição para o conhecimento de formações lateríticas da Guiné-Bissau
    Publication . Alves, Paulo; Silva, Teresa; Figueiredo, M. Ondina; Ramalhal, Fernando J. S.
  • Património Geológico Cadomiano da região de Abrantes
    Publication . Henriques, S.B.A.; Alves, Paulo; Machado, Susana
    SUMMARY: A well preserved Cadomian basement crops out at the contact between the Ossa Morena Zone and the Central Iberia Zone near Abrantes area. The magmatic and metamorphic activity recorded in this area indicates the existence of a long‐lived continental arc (ca. 692–540Ma) with coeval felsic and mafic magmatism and a final collisional event (ca. 540 Ma). This sequence of events, as well as several tectonic and metamorphic features and well‐preserved outcrops of diverse lithologies provides unique conditions for observing and characterize the Cadomian basement. The Geological Heritage from this area has high scientific and didactic relevance, which permit to interpret the past of the Earth.
  • Geoturismo e desporto aventura nos Açores : aplicação ao caso do canyoning
    Publication . Alves, Paulo; Silva, Francisco
    RESUMO: O património geológico é um importante ativo turístico nos Açores, região que tem vindo a afirmar-se como destino de excelência para o turismo na natureza. Todos os stakeholder, desde os turistas aos residentes e aos agentes ligados ao ordenamento do território ou ao planeamento turístico são unânimes no facto da imagem deste destino estar estritamente associado ao património natural, à vulcanologia, à paisagem e ao turismo na natureza. Essa atratividade acentua-se quando se trata de desporto aventura, estando associada a factores como: riqueza da morfologia e geodiversidade; preservação do geopatrimónio; clima e biodiversidade; sócio-economia local, inclusive com a reduzida afetação antrópica que ainda caracteriza muitas regiões. Os circuitos turísticos com enfoque no turismo cultural e na natureza de forma contemplativa, conjuntamente com os passeios de barco e percursos pedestres marcaram a forma de ser turista no Arquipélago durante uma fase inicial da procura turística.
  • Geodiversidade na Guiné-Bissau
    Publication . Alves, Paulo; Temudo, Marina
    RESUMO: O conceito de geodiversidade que se assume baseia-se em Stanley (2001), ou seja, consiste no vínculo entre pessoas, paisagens e culturas, abrangendo a variedade de ambientes geológicos, fenómenos e processos envolvidos na construção dessas paisagens, incluindo as rochas, minerais, fósseis e solos, num conjunto que proporciona a estrutura para a vida (e para a biodiversidade) na Terra. A geodiversidade na República da Guiné-Bissau (GB) é apresentada em dois conjuntos, primeiro enumerando várias morfologias e tipos de ocorrências que constituirão património geológico em sentido lato, focando depois a relação abrangente entre população e geologia.
  • Geologia da Guiné-Bissau = Geology of Guinea Bissau
    Publication . Alves, Paulo
    Apresenta-se a geologia da República da Guiné-Bissau de forma sintética, partindo do enquadramento no NW de África e englobando, quer características particulares decorrentes da cartografia geológica empreendida, nomeadamente em termos geomorfológicos, lito-estratigráficos e sedimentológicos, neste caso com uma contribuição referente à análise de proveniência sedimentar, quer algumas particularidades dos trabalhos de geologia no país.
  • Lateritos da Guiné-Bissau : morfologia e geodiversidade
    Publication . Alves, Paulo; Silva, Teresa; Figueiredo, M. Ondina; Ramalhal, Fernando J. S.
  • Carta geológica da Guiné-Bissau
    Publication . Alves, Paulo; Catelimbo, Basília Mendes; Figueiredo, Vera