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ABSTRACT: This work suggests a new structural interpretation for the Rosario Antiform, Portuguese Pyrite Belt. This is based on the following successive developments:
1 - Deposition of an upper Visean flysch succession, designated by CMt2, which conformably overlaid the autochthon represented in ascending order by the clastic succession of the Phyllite-Quartzite Formation (PQ) followed by the lower Volcano-Sedimentary Complex (VSC, CVS in the geological map annex) dominated by felsic volcanism and black shale sediments, all of late Devonian age, and the upper VSC composed by shales, volcanoclastic sediments, including cherts and jaspers, and mafic volcanic and igneous rocks of late Tournaisian – late Visean ages; 2 - the reinterpretation of fifteen selected drill hole logs previously carried out by Somincor and LNEG geologists and recovered from the region west of the Neves-Corvo mine proved that below the CMt2 flysch succession the upper VSC is absent in many places and the unit is in direct fault contact with the lower VSC, in a position similar to that recognized in the mine. This abnormal contact is inferred to represent the trace of an extensional fault that locally erased the upper VSC lithologies. A sub-autochthon block composed of remnants of the lower VSC and the overlying CMt2 sediments was then formed above the extensional fault, as discussed below; 3 - a SW directed tangential transport, well documented in the Neves-Corvo mine region, placed a distinct flysch succession (CMt1) and the underlying clastic dominated upper VSC units, all of late Visean age, both forming the allochthon, upon the CMt2 succession. The allochthon is organized as a thinskinned package moving southwestward upon the subautochthon developing a large overthrust. All the package units were folded by a second episode of pervasive regional tectonic compression. 4 – a second tectonic reverse fault at the west limb of the antiform caused the uplifting of the autochthon and the subautochthon which after the regional erosion became a true tectonic window according to this interpretation.
RESUMO: cartografia geológica realizada na antiforma do Rosário e, em particular na área da mina de Neves-Corvo, conjugada com a investigação estratigráfica realizada com base em miosporos e datações U/Pb em zircões, mostra que a sucessão litoestratigráfica é constituída por um substrato detrítico clástico, tradicionalmente designado por Grupo Filito-Quartzítico (PQ), de idade Givetiano-Famenniano, a que se sobrepõe o Complexo Vulcano-sedimentar (CVS), este dividido na Sequência Inferior do Complexo de idade Famenniano (CVS inferior) e na Sequência Superior do Complexo (CVS superior) de idade Tournaisiano superior-Viseano superior. No presente trabalho sugere-se que a antiforma de Rosário é uma janela tectónica com base nos seguintes desenvolvimentos: 1 - deposição de uma sucessão sedimentar do tipo flysch, do Viseano superior, designada por CMt2, sobre a sucessão litológica autóctone constituída pelo conjunto PQ e Complexo Vulcano-sedimentar; 2 - a revisão dos logs relativos a 15 sondagens, realizadas na região a oeste da mina, provou que a sucessão CMt2 está em contacto com o Complexo Vulcano-sedimentar inferior, faltando portanto o CVS superior, numa posição equivalente à que ocorre no interior da mina. Este contacto anormal é atribuído à existência de uma falha de descolamento que provocou a erosão de partes do CVS superior, de que resultou um bloco subautóctone constituído pela sucessão CMt2 e restos da sucessão do CVS que resistiram à erosão provocada pelo descolamento, assunto discutido no texto; 3 - um episódio tectónico tangencial com transporte para SO originou o empilhamento pelicular de um conjunto constituído por uma sucessão sedimentar tipo flysch distinta, designada por CMt1, e as unidades subjacentes do CVS superior, conjunto este identificado como alóctone. Na mina e em grande parte da região o alóctone está tectonicamente sobreposto aos turbiditos sucessão CMt2, que por sua vez também estão em contacto tectónico com o CVS inferior subjacente, este constituindo o bloco autóctone, bem documentado na região da mina. O contacto entre o bloco alóctone e o subautóctone sublinha um carreamento com larga expressão regional, que na mina é designado por “corredor de deformação" Por sua vez, o contacto entre a sucessão CMt2 e o bloco autóctone sublinha outro acidente tectónico de grande relevância na região; 4 – um segundo episódio tectónico compressivo de âmbito regional, também vergente para SW, provocou o dobramento de todo o empilhamento desenhando larga antiforma. Finalmente uma falha inversa tardia no bordo ocidental desta antiforma provocou o levantamento crustal do conjunto autóctone/ subautóctone, e a erosão subsequente pôs em evidência a janela tectónica sugerida neste trabalho.
RESUMO: cartografia geológica realizada na antiforma do Rosário e, em particular na área da mina de Neves-Corvo, conjugada com a investigação estratigráfica realizada com base em miosporos e datações U/Pb em zircões, mostra que a sucessão litoestratigráfica é constituída por um substrato detrítico clástico, tradicionalmente designado por Grupo Filito-Quartzítico (PQ), de idade Givetiano-Famenniano, a que se sobrepõe o Complexo Vulcano-sedimentar (CVS), este dividido na Sequência Inferior do Complexo de idade Famenniano (CVS inferior) e na Sequência Superior do Complexo (CVS superior) de idade Tournaisiano superior-Viseano superior. No presente trabalho sugere-se que a antiforma de Rosário é uma janela tectónica com base nos seguintes desenvolvimentos: 1 - deposição de uma sucessão sedimentar do tipo flysch, do Viseano superior, designada por CMt2, sobre a sucessão litológica autóctone constituída pelo conjunto PQ e Complexo Vulcano-sedimentar; 2 - a revisão dos logs relativos a 15 sondagens, realizadas na região a oeste da mina, provou que a sucessão CMt2 está em contacto com o Complexo Vulcano-sedimentar inferior, faltando portanto o CVS superior, numa posição equivalente à que ocorre no interior da mina. Este contacto anormal é atribuído à existência de uma falha de descolamento que provocou a erosão de partes do CVS superior, de que resultou um bloco subautóctone constituído pela sucessão CMt2 e restos da sucessão do CVS que resistiram à erosão provocada pelo descolamento, assunto discutido no texto; 3 - um episódio tectónico tangencial com transporte para SO originou o empilhamento pelicular de um conjunto constituído por uma sucessão sedimentar tipo flysch distinta, designada por CMt1, e as unidades subjacentes do CVS superior, conjunto este identificado como alóctone. Na mina e em grande parte da região o alóctone está tectonicamente sobreposto aos turbiditos sucessão CMt2, que por sua vez também estão em contacto tectónico com o CVS inferior subjacente, este constituindo o bloco autóctone, bem documentado na região da mina. O contacto entre o bloco alóctone e o subautóctone sublinha um carreamento com larga expressão regional, que na mina é designado por “corredor de deformação" Por sua vez, o contacto entre a sucessão CMt2 e o bloco autóctone sublinha outro acidente tectónico de grande relevância na região; 4 – um segundo episódio tectónico compressivo de âmbito regional, também vergente para SW, provocou o dobramento de todo o empilhamento desenhando larga antiforma. Finalmente uma falha inversa tardia no bordo ocidental desta antiforma provocou o levantamento crustal do conjunto autóctone/ subautóctone, e a erosão subsequente pôs em evidência a janela tectónica sugerida neste trabalho.
Description
Keywords
Iberian Pyrite Belt Neves-Corvo mine Tectonostratigraphy Faixa Piritosa Ibérica Neves-Corvo Tectonoestratigrafia
Citation
Oliveira, J.T. (2024) Is the Rosario Antiform, Iberian Pyrite Belt, a Variscan tectonic window?: a tectono-stratigraphic interpretation based on the geology of the Neves-Corvo mine region. In: Comunicações Geológicas, 2024, vol. 111, nº 1, p. 33-43 . https://doi.org/10.34637/jyqv-qv65
Publisher
LNEG - Laboratório Nacional de Energia e Geologia