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- Estimativa da recarga de águas subterrâneas a partir da análise dos hidrogramas de escoamento superficial na área abrangida pela folha 6 da Carta Hidrogeológica de Portugal à escala 1:200.000Publication . Oliveira, Manuel M.; Costa, Augusto; Francés, Alain PascalNo âmbito da preparação da folha 6 da Carta Hidrogeológica de Portugal na escala 1:200 000, que abrange genericamente a região do Alto Alentejo (Portugal), foram estudadas dez bacias hidrográficas, utilizando precipitações e escoamentos monitorizados pelo Instituto da Água (INAG). Dependendo da bacia hidrográfica, foram analisadas séries de escoamento relativas a períodos de 4 a 28 anos hidrológicos, onde se estimaram precipitações anuais médias entre 489 mm/a e 936 mm/a e escoamentos totais anuais médios entre 49 mm/a e 623 mm/a. Utilizando uma técnica de decomposição dos hidrogramas de escoamento, obtiveram-se escoamentos de base anuais médios entre 17 mm/a e 423 mm/a, que correspondem a valores entre 3% e 45% da precipitação calculada nas bacias. Utilizando os valores de escoamento de base anuais e os valores de precipitações anuais apresentam-se funções de escoamento de base anual vs precipitação anual para cada bacia hidrográfica. Os valores de escoamentos de base anuais médios são analisados criticamente e esta informação é cruzada com as áreas de afloramento de agrupamentos de formações geológicas definidos para este efeito, concluindo-se quanto ao respectivo comportamento hidrogeológico. A técnica de cruzamento da informação visa o cálculo de um coeficiente de escoamento de base (c Eb j) característico de cada agrupamento de formações geológicas, que representa, para cada agrupamento, a parte da precipitação que é transformada em escoamento de base. As rochas carbonatadas do soco hercínico originam coeficientes nulos, o que se justifica por não haver coincidência entre as bacias hidrográficas e hidrogeológicas (c Eb j=0.0%). Nas restantes formações obtiveram-se resultados entre 3.5% (rochas essencialmente xistentas paleozóicas) e 21.9% no Pliocénico detrítico (Conglomerados de Ulme e arenitos de Almeirim). O erro resultante da aplicação dos coeficientes encontrados ao conjunto das bacias foi de 59 mm (excluindo a bacia de Rasa, que não foi considerada nesta análise, por razões que se explicam no texto).
- Deltaic sedimentary structure interpreted from high-resolution seismic data : Sado Estuary, PortugalPublication . Brito, Pedro Oliveira; Terrinha, Pedro; Rebêlo, Luís Pina; Monteiro, José Hipólito
- Avaliação da vulnerabilidade do Sistema Aquífero dos Gabros de Beja e análise crítica das redes de monitorização no contexto da Directiva Quadro da ÁguaPublication . Paralta, Eduardo; Francés, Alain Pascal; Ribeiro, Luís F.A situação de poluição persistente por nitratos de origem agrícola do Sistema Aquífero dos Gabros de Beja (350 km2) foi recentemente reconhecida na Portaria nº 1100/2004 de 3 de Setembro, relativa às Zonas Vulneráveis (Zona Vulnerável nº 6). Pela sua extensão, importância para abastecimento público e inclusão no Plano de Rega do Alentejo no âmbito do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva merecem especial atenção os aspectos relacionados com o mapeamento espacial da vulnerabilidade (intrínseca) e do risco de poluição associado às novas técnicas agrícolas. A abordagem da vulnerabilidade aquífera utiliza índices empíricos e semi-empíricos consagrados na bibliografia (DRASTIC, GOD, AVI e outros) e critérios litológicos (EPPNA) para definir a vulnerabilidade intrínseca, apresentando uma perspectiva comparada dos vários métodos e sugerindo variáveis determinantes, no contexto hidrogeológico e agro-climático específico dos Gabros de Beja. No âmbito da Directiva Quadro da Água e da sua congénere para as Águas Subterrâneas que se aguarda para breve, os Estados-Membros da CE e as respectivas entidades regionais responsáveis pela utilização dos recursos hídricos e pelo ordenamento do território devem assegurar a protecção, melhoria e reposição do bom estado químico das águas subterrâneas, prevenindo a sua poluição. À vários anos que o Instituto da Água, por intermédio das direcções regionais, tem vindo a operar uma rede de monitorização de qualidade da água subterrânea nos Sistema Aquífero dos Gabros de Beja, que tem sido usada como referência para avaliação da qualidade do aquífero, em especial no que respeita à poluição difusa. Segundo a DQA, as massas de água em risco como é o caso dos Gabros de Beja, carecem de estudos hidrogeológicos apropriados e instalação de redes de monitorização (monitorização de vigilância e operacional) apropriadas, que sejam representativas das massas de água a monitorizar. Com base nos dados publicamente disponíveis faz-se uma análise critica da representatividade da rede, dos parâmetros analisados e da frequência da amostragem à luz da DQA e da legislação das Zonas Vulneráveis, no sentido de contribuir para a sua optimização.