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- Ground-motion simulation in the Lower Tagus Valley BasinPublication . Borges, José Fernando; Bezzeghoud, Mourad; Caldeira, Bento; Carvalho, JoãoThroughout history, the Lower Tagus Valley (LTV) region has been shaken by several earthquakes, including some with moderate to large magnitudes and with sources located inside the basin, for example the 1344 (M6.0) and 1909 (M6.0) earthquakes. Previous simulations (Bezzeghoud et al. Natural Hazard 69: 1229–1245, 2011) have revealed strong amplification of the amplitude waves in the region, because of the effect of the low-velocity sediments that fill the basin. The model used in those simulations was updated in this work by including new high-resolution geophysical and geotechnical data available for the area (seismic reflection, aeromagnetic, gravimetric, deep wells, standard penetration tests, and geological data). To contribute to improved assessment of seismic hazard in the LTV, we simulated propagation of seismic waves produced by moderate earthquakes in a 3D heterogeneous medium by using elastic finite-difference wave propagation code. The method, successfully used by Grandin et al. (Geophys J Int 171: 1144–1161, 2007), involves evaluation of the seismic potential of known faults in the area studied and three-dimensional seismic ground motion modelling by use of finite difference methods. On the basis of this methodology, we calculated the ground motion for the April 23, 1909, Benavente (Portugal) earthquake (Mw = 6.0) in dense grid points, then computed the synthetic isoseismic map of the area by use of appropriate relationships between seismic intensity (MMI) and peak ground velocity (PGV). The synthetic results, in contrast with available macroseismic and instrumental data, enable validation of the source models proposed for the area, identification of the sources of historical earthquakes, and could also indicate which areas are more exposed to seismic ground motion.
- Estudo da influência do nevoeiro salino nas propriedades de calcários portuguesesPublication . Carvalho, Cristina Isabel Paulo; Silva, Zenaide Carvalho Gonçalves da; Simão, Joaquim António dos Reis SilvaO nevoeiro salino é um agente de meteorização importante para a maioria dos materiais de construção. Os produtos em pedra natural não são exceção. A estrutura das rochas geralmente apresenta características texturais (rede de poros, microfissuras, fissuras, planos de xistosidade, etc.), que facilitam a penetração do nevoeiro salino na pedra e a condensação no seu interior. A presença da solução salina pode conduzir à degradação da rocha e em casos extremos, à sua total desintegração, através de mecanismos físicos decorrentes da cristalização de sais, da hidratação destes, ou de distintas dilatações/retrações térmicas entre sal e rocha. Contudo, a pedra também pode ser alterada por processos químicos, dos quais a dissolução dos carbonatos é um exemplo. Entre os principais tipos de rocha explorados em Portugal, os calcários são particularmente suscetíveis ao nevoeiro salino, posto que geralmente apresentam porosidades abertas com valores elevados e uma rede de poros que permite uma penetração mais profunda do nevoeiro salino na estrutura da pedra. O estudo do comportamento dos calcários ao nevoeiro salino assume particular importância em Portugal, devido ao facto do país possuir uma orla costeira extensa, grande parte da qual sob a influência de nevoeiro salino. É o litoral que apresenta a maior densidade populacional e, consequentemente, onde se concentram as construções. Além disto, Portugal possui vastas reservas de calcários ornamentais, que são utilizados em larga escala como materiais de construção, desde tempos imemoriais e cuja procura pelo mercado externo, tem vindo a sofrer um incremento significativo. Para este estudo foram selecionados seis calcários portugueses amplamente aplicados e com propriedades físico-mecânicas diferentes. Depois de analisadas as suas características petrográficas, químicas e as principais propriedades tecnológicas, os calcários foram submetidos aos seguintes ensaios de envelhecimento: choque térmico, gelo e nevoeiro salino. A determinação de todas as características tecnológicas através de normas europeias, permitiu uma análise crítica dos respetivos métodos de ensaio e a elaboração de propostas de melhoria de alguns dos métodos. No nevoeiro salino, a avaliação deste ensaio foi complementada com as determinações e análises a seguir apresentadas, não exigidas pela norma europeia: variações na absorção de água e na resistência à flexão; comparação do ensaio em três acabamentos superficiais distintos; análises comparativas de imagens macroscópicas da superfície, de imagens através de lupa binocular e de imagens de eletrões secundários, obtidas com recurso a microssonda eletrónica. Os resultados permitiram avaliar a aptidão dos calcários para os principais tipos de aplicações e, dentro de cada uma, para condições específicas de uso. Assim, foi possível definir as utilizações recomendadas para cada calcário, com o objectivo de maximizar a sua durabilidade. Os ensaios de envelhecimento possibilitaram determinar a resistência dos calcários perante várias condições climáticas específicas, incluindo as existentes em zonas costeiras. A análise detalhada dos resultados do nevoeiro salino reforça o conhecimento de que a porosidade aberta desempenha um papel determinante no comportamento dos calcários neste ensaio de durabilidade. Verificou-se, também, que os acabamentos superficiais grosseiros são mais suscetíveis ao nevoeiro salino, mas menos sensíveis às alterações cromáticas provocadas por este ensaio. Constatou-se que o nevoeiro salino gera perda de brilho nas superfícies com acabamento polido. Por fim, concluiu-se que a perda de massa registada por todas as amostras de calcário ensaiadas, ficou a dever-se essencialmente a processos de dissolução do CaCO3.