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GCG - Teses de Mestrado

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  • Assinatura Geoquímica das Metantracites da Bacia Carbonífera do Douro: Efeitos Geológicos e Influências Ambientais
    Publication . Costa, Mariana Isabel Macedo da; Flores, Deolinda; Jesus, A. Pinto de
    RESUMO: Este trabalho teve como objetivo estudar a geoquímica inorgânica dos carvões da Bacia Carbonífera do Douro (BCD), como contributo para o conhecimento da génese e história geológica desta bacia. Para tal foram estudadas 24 amostras de carvão do Setor de São Pedro da Cova e, do Setor do Pejão, 18 amostras de carvão e 9 de brecha de base. Estas amostras foram sujeitas a estudos petrográficos, geoquímicos, tanto orgânicos como inorgânicos, e mineralógicos. Os resultados demonstraram que estes carvões são classificados como antracite A, à exceção de 6 amostras do Setor do Pejão, que são identificadas como rochas carbonosas (rendimentos em cinzas superiores a 50%), segundo a norma ISO 11760, 2005, e o componente orgânico mais abundante é a vitrinite, mais concretamente a telovitrinite, em ambos os setores. A maioria dos elementos tem afinidade inorgânica com associação aos aluminossilicatos e aos sulfuretos. O sulfureto mais comum é a pirite, tendo-se identificado também galena, blenda e calcopirite. Quanto ao cinábrio, com enorme presença em todas as amostras do Setor de São Pedro da Cova, foi apenas identificado numa amostra no Setor do Pejão. O filossilicato mais comum é a moscovite em ambos os setores, sendo que no Setor de São Pedro da Cova também foi identificada a ilite, e no Setor do Pejão a vermiculite, caulinite e também a biotite. Nestas amostras foram identificados fosfatos, nomeadamente a fluorapatite, o mais comum, o xenótimo e também a monazite, sendo que no Setor do Pejão foi identificada a cheralite, uma monazite de Th. A gorceixite (fosfato com alumínio) foi apenas identificada no Setor de São Pedro da Cova, um importante indicador da ocorrência de circulação de fluidos magmáticos entre a UTS B1 e a UTS D1. A distribuição das concentrações dos elementos de terras raras (ETR) apresentam-se heterogéneas nas quatro camadas de carvão do Setor de São Pedro da Cova, mais um indicador de circulação de fluidos magmáticos nestas camadas. O mesmo não acontece quando comparados os padrões de distribuição da Bacia Oriental, uma escama tectónica do Setor de São Pedro da Cova, bem como com as camadas de carvão pertencentes ao Setor do Pejão, estes apresentam-se muito menos enriquecidos e mais homogéneos.
  • Petrologia e Geoquímica das lavas recentes da Ilha de Santo Antão (Cabo Verde
    Publication . Henriques, S.B.A.
    RESUMO: A ilha de Santo Antão pertence ao arquipélago de Cabo Verde que foi gerado em ambiente de intraplaca oceânica por mecanismos do tipo “hot-spot”. Da actividade deste “hotspot”, que teve iniciou há cerca de 25 Ma, resultaram as espessas sequências vulcânicas de quimismo alcalino subsaturado que edificaram as diferentes ilhas. As lavas sobre as quais incide este estudo, correspondem à unidade mais recente assinalada na ilha por Silva [1994], que é designada de “Formação Eruptiva do Tope de Coroa”. Esta unidade é subdividida por este autor em três sequências, a “Sequência Antiga”, a “Sequência Intermédia” e a “Sequência Superior” e apresenta uma idade compreendida aproximadamente entre os 0.17 e os 0.09 Ma. A “Sequência Antiga” é constituída por mantos e escórias fonolíticos e nefeliníticos, a “Sequência Intermédia” por mantos, escórias e chaminés basálticos e a “Sequência Superior” por mantos e escórias basálticos, fonolíticos e nefeliníticos. A petrografia destas rochas é extremamente variada e caracteriza-se pela presença de olivina, piroxena, magnetite, feldspatos e feldspatóides que são extremamente abundantes e entre os quais se destaca a hauyna. As texturas evidenciadas por estas lavas são típicas de rochas de arrefecimento rápido e revelam uma geração fenocristalina inserida no seio duma matriz fina, por vezes com vidro intersticial mais ou menos desenvolvido. A olivina, cuja composição varia de crisólito a forsterite, é uma fase pouco importante, em virtude das rochas possuírem um grau de evolução considerável. Os seus cristais exibem zonamento normal e inverso, que neste último caso é justificado pela fraccionação duma fase rica em Fe ou por uma diminuição de pressão durante o processo de cristalização fraccionada. A utilização da metodologia de Beattie et al. [1991] no cálculo dos coeficientes de partição não se revelou eficaz, dado que os valores obtidos se afastam consideravelmente dos analíticos. Os geotermómetros de Roeder and Emslie [1970] e de Beattie [1993] não reflectem as situações de desequilíbrio olivina/liquido identificadas, pelo que é necessário uma selecção cuidada nos cristais utilizados na determinação destes geotermómetros.