RM - Teses de Doutoramento
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- Alteração hidrotermal ácido-sulfato associada aos jazigos de sulfuretos maciços de Lagoa Salgada, Caveira, Lousal, Aljustrel e São Domingos (Faixa Piritosa Ibérica)Publication . Matos, João Xavier; Barriga, Fernando José Arraiano de Sousa; Relvas, Jorge Manuel Rodrigues SanchoRESUMO: A Faixa Piritosa Ibérica é caracterizada por dezenas de jazigos de sulfuretos maciços formados no Famenniano e Tournaisiano em ambiente marinho pela circulação de fluidos hidrotermais através das rochas vulcânicas e sedimentares encaixantes. O seu enquadramento geológico decorre do evento hidrotermal e de processos posteriores como metamorfismo regional, deformação varisca e tardi-varisca e, em alguns casos, exumação, erosão e alteração supergénica. Nos 7 jazigos estudados - Lagoa Salgada, Caveira, Lousal, Algares, São João, São Domingos e Chança, definem-se as seguintes fases de veios de alunite: a) gerados em período sin/tardi-Varisco em deformação dúctil/semi-dúctil e associados a corredores estruturais com cisalhamento - I (paralelos a S1), IIa (oblíquos a S1) e IIb (redes deformadas), sendo a paragénese marcada por alunite/natroalunite ± pirite ± minamiite ± wavellite e acompanhada por argilização precoce (caulinite ± greenalite), apresentando estes veios estrutura em pente, dobramento e génese anterior ou coeva da clivagem S2; b) formados em fases tardi-variscas/eoalpinas/alpinas semi-frágéis/frágeis, com textura porcelanosa e matriz homogénea com pseudocubos de alunite - IIb (redes com veios sub-horizontais) e III (em falhas desligamento) e IV (fraturas irregulares). Em contexto supergénico ocorrem a jarosite e natrojarosite. Não existe uma relação direta entre a argilização supergénica e os veios de alunite I, IIa, IIb e III. A alteração ácido-sulfato foi marcada pela circulação de fluidos muito ácidos e oxidantes, de baixa temperatura, por um período de tempo geológico significativo. O modelo metalogenético infere uma evolução contínua. A caracterização dos chapéus de ferro nos jazigos estudados reflete o seu zonamento: topo com texturas terrosas e cavidades por erosão/dissolução/precipitação; zonas basais mais compactas e maciças, que transitam a muro a níveis de enriquecimento supergénico e, inferiormente, a mineralização primária. Identificaram-se também depósitos coluviais e brechas de preenchimento. A cartografia desenvolvida sobre a alteração ácidosulfato, argilização e oxidação constitui um vetor de prospeção mineral indicador das mineralizações de sulfuretos da Faixa Piritosa.
- Tectónica e caraterização da fracturação do Maciço Calcário Estremenho, Bacia Lusitaniana. Contributo para a prospeção de rochas ornamentais e ordenamento da atividade extrativaPublication . Carvalho, JorgeO estudo da fraturação do Maciço Calcário Estremenho (MCE) por intermédio de interpretação de fotografia aérea, de imagem de satélite (Google Earth TM) e de levantamento sistemático de fraturas em afloramentos permitiu verificar que as fraturas correspondem maioritariamente a diaclases e que muitas delas foram reativadas em cisalhamento. Estão organizadas em 5 famílias direcionais principais (NNE-SSW, WSW-ENE, WNW-ESE, NW-SE e NNW-SSE) e uma secundária (NE-SW). Cobrindo todo o espetro azimutal, a sua distinção em famílias direcionais foi possível porque se distribuem de modo diferenciado por diferentes domínios tectonostratigráficos do MCE que, por sua vez, coincidem aproximadamente com as suas unidades morfoestruturais. A esses domínios está associado um padrão de diaclasamento específico. Cada uma das famílias direcionais contém mais do que uma família sistemática de diaclases que se distinguem pela idade da sua instalação. Portanto, a uma mesma direção de diaclasamento correspondem diferentes episódios de deformação. Tendo em conta os resultados obtidos a partir do reconhecimento de fases de rifting para o setor central da Bacia Lusitaniana a oeste do MCE, através da interpretação de perfis de reflexão sísmica multicanal, e os resultados de um reconhecimento das principais estruturas tectónicas do MCE, bem como o conhecimento existente acerca da evolução geológica do MCE, elaborou-se uma proposta de integração das principais famílias de diaclases no contexto tectónico evolutivo. Com base num reconhecimento dos locais onde está instalada a indústria extrativa de blocos para calcários ornamentais, em particular dos condicionalismos geológicos que presidem a essa atividade, procedeu-se ao reconhecimento das unidades litostratigráficas do MCE, em função dos critérios que condicionam a sua aptidão para esse tipo de indústria, nomeadamente a homogeneidade textural e cromática, a disposição estrutural, a espessura dos estratos e a volumetria disponível. Da conjugação dos dados assim obtidos com os respeitantes aos padrões de diaclasamento, definiram-se áreas potenciais para a exploração de calcários ornamentais no MCE.