UB - Teses de Doutoramento
Permanent URI for this collection
Browse
Recent Submissions
- Purification and biochemical/molecular characterisation of antimicrobial peptides produced by Saccharomyces cerevisiae and evaluation of their mode of actionPublication . Branco, Patricia; Prista, Catarina; Albergaria, Helena; Arneborg, NilsABSTRACT: The antagonistic effect exerted by Saccharomyces cerevisiae against other microbial species during wine fermentations was recently ascribed to its capacity to secrete antimicrobial peptides (AMPs). The main goal of the present work was to purify, identify and characterize those AMPs. Firstly, the AMPs were purified by means of chromatographic techniques (size-exclusion and ion-exchange) and then characterized regarding their amino acid sequence, codifying genes and antimicrobial/biochemical properties. Analysis of the purified AMPs by mass spectrometry revealed that the natural biocide is mainly composed by two peptides (AMP1 and AMP2/3) derived from the isoenzymes of the glycolytic protein glyceraldehyde 3-phosphate dehydrogenase (GAPDH). The spectrum of action of the naturally-excreted AMPs, which we named saccharomycin, is wide and includes several wine-related non-Saccharomyces yeasts, such as Hanseniaspora guilliermondii, Torulaspora delbrueckii, Kluyveromyces marxianus, Lachancea thermotolerans and Dekkera bruxellensis, as well as bacteria such as Oenococcus oeni. The antimicrobial effect of saccharomycin is significantly higher than that of synthetic analogues (AMP1 and AMP2/3) and depends on their complementary action and relative proportion. The mode of action of the AMPs was evaluated against sensitive yeast cells. The AMPs induce cell membrane permeabilization, loss of pH homeostasis and increase/decrease of H+-influx/-efflux. They also induce cell molecular markers typical of death by apoptosis in H. guilliermondii. Our work also revealed the accumulation of these GAPDH-derived peptides on the surface of stationary-grown (48 h) cells of S. cerevisiae, which induce death of non-Saccharomyces yeasts (H. guilliermondii and L. thermotolerans) by direct cell-cell contact. Finally, S. cerevisiae strains over-expressing these AMPs prevented growth of D. bruxellensis in co-fermentations, decreasing the levels of sulphur dioxide needed to control wine spoilage. Thus, the potential of these AMPs to be used as biopreservative in wine seems promising.
- Performance evaluation of microbial inocula as biological reference material for biodegradability and ecotoxicityPublication . Paixão, Susana M.Several biological methods employ activated sludge (AS) as inoculum to assess toxicity or biodegradability of pollutants, since pollutants that ultimately enter the environment are often discharged through wastewater treatment plants. The use of AS to evaluate the environmental impact of chemicals and wastewaters suffers from several drawbacks related with the heterogeneity, absence of standardization and health risk associated with this mixed sewage population. To search for reliable testing inocula alternatives, the potential of several well-defined microbial inocula as reference material, for ready and inherent biodegradability and toxicity screening tests (BOD5 test, Zahn-Wellens test and respiration inhibition test, respectively), was evaluated and the results were compared with AS’ results. In overall, the most relevant results in terms of environmental application were obtained with bacterial mixtures, namely with three standardized microbial consortia: two commercial inocula (BI-CHEM and BIOLEN M112) and a designed inoculum (DI, a standardized soil inoculum). A community-level physiological profile (CLPP) analysis was also performed for each inoculum tested, being its metabolic fingerprint compared with AS’ CLPPs. From biodegradability results obtained, DI stands out a good choice as reference material for biodegradability tests, while from toxicity results the BI-CHEM appears as the suitable alternative to AS, since its sensitivity is similar to that of AS. Moreover, in terms of the overall metabolic potential, DI and BI-CHEM were the most representative inocula of AS’ CLPPs among the consortia tested. In addition, beyond other inocula also studied, DI and BI-CHEM were validated as seed for BOD5 test, by testing several real samples in a comparative study with a treatment plant inoculum. The use of well-predefined microbial consortia, with simple maintenance and manipulation, can be helpful for the normalisation of biological assays leading to an improvement of the quality of chemical and effluent testing and monitoring.
- Emissões gasosas durante a co-combustão de carvão com resíduosPublication . Abelha, PedroA biomassa e os resíduos não tóxicos poderão desempenhar um papel importante no âmbito do programa comunitário para encorajar o uso de energias renováveis. No entanto, a experiência mostra que a disponibilidade destes materiais poderá ser um sério obstáculo para uma utilização energética em grande escala. Deste modo, poderão ser utilizados como combustíveis auxiliares para a co-combustão em instalações a carvão. A sua utilização para produção de energia é prometedora, desde que se integrem bem com os outros combustíveis durante o processo de conversão energética e que não apresentem efeitos negativos no ambiente. Portanto, é imperativo que exista uma sinergia positiva entre o carvão e a biomassa, ou os resíduos, para que o impacte da co-combustão dos vários materiais minimize qualquer característica negativa de um combustível isolado. O presente estudo visou a determinação das condições de operação que poderiam trazer efeitos benéficos na eliminação dos resíduos e na utilização de biomassa para geração de energia, de uma forma ambientalmente aceitável, utilizando a tecnologia de leito fluidizado. Os sistemas de combustão em leito fluidizado são particularmente apropriados para a cocombustão devido à sua versatilidade quanto ao combustível utilizado. Este trabalho tinha como objectivo a determinação das condições de sinergia para minimização das emissões de alguns dos principais poluentes gasosos, nomeadamente CO, NOX, N2O, SO2, HCl e mercúrio. Foram cinco os resíduos estudados passando por um combustível derivado de resíduos sólidos urbanos (daqui em diante designado por CDR) por um resíduo resultante dos desperdícios da linhas de triagem da recolha selectiva de papel e de plástico (designado por RPP), por duas lamas pré-secas e granuladas resultante de dois lotes diferentes de um processo de tratamento de águas residuais urbanas (designadas por BG1 e BG2) e por um resíduo resultante da actividade de serração de madeira de pinho habitualmente chamado serrim pelo que se adoptou a designação de SR. O princípio de escolha residiu na disponibilidade de quantidades de resíduos existentes no departamento no âmbito de contratos comunitários e pela importância relativa crescente que este tipo de resíduos assume, hoje em dia, no desenvolvimento urbano e na qualidade de vida das populações (CDR e LRU). A utilização de SR prendeu-se mais com a preocupação de utilizar um recurso endógeno que constitui uma das riquezas do país – a floresta – de modo a reduzir a nossa dependência externa em termos energéticos. O estudo envolveu um levantamento de quantidades de resíduos existentes, a preparação adequada do combustível para alimentação, e a avaliação do seu desempenho durante a combustão. Actualmente, devido às alterações climáticas atribuídas em grande parte à libertação de gases de efeito de estufa, uma questão de grande preocupação é a emissão de grandes quantidades de CO2 para a atmosfera pelas centrais termoeléctricas a carvão. As suas emissões poderiam ser reduzidas substituindo parte dos combustíveis fósseis por combustíveis considerados como sendo neutros na emissão efectiva de CO2, como a biomassa e alguns resíduos. As quantidades de biomassa e resíduos disponíveis não são suficientes para satisfazer as necessidades energéticas do país, pelo que, o seu uso em co-combustão poderá diminuir o fluxo líquido de CO2 para a atmosfera, numa prespectiva de substituição parcial do carvão. Como a combustão de carvão origina níveis elevados de NOX e de SO2, devido à presença de azoto e de enxofre no combustível, são necessárias medidas para minimizar a sua formação e consequente emissão. Utilizando combustíveis auxiliares com menores teores em azoto e em enxofre em co-combustão, as quantidades de poluentes formados poderão decrescer. Mais ainda, dependendo da natureza do azoto no combustível, a formação de NOX pode ser reduzida durante a co-combustão. A adição de calcário é utilizada para remoção do SO2, no entanto, isto poderá favorecer o aumento do NOX pelo que terão de ser tomadas medidas para evitar este fenómeno. Por outro lado, a queima de resíduos minimiza os problemas físicos, em termos de espaço, associados à sua deposição em aterro. Por combustão pode-se diminuir em cerca de 60 a 80 % a sua massa e até cerca de 90 % do seu volume (no caso dos CDR). O carvão poderá desempenhar um efeito estabilizador em termos do processo de queima e em termos de garantia de disponibilidade contínua de combustível. Relativamente às emissões de outros poluentes como o mercúrio e outros metais pesados, e cloro, a utilização da co-combustão com o carvão poderá diminuir a sua emissão especialmente quando utilizado juntamente com os resíduos do tipo do CDR e da LRU. A opção pela co-combustão introduz algumas vantagens que poderão ser maximizadas jogando com as percentagens relativas dos combustíveis envolvidos. Este trabalho mostrou que é possível alcançar uma sinergia positiva na redução dos níveis de CO, NOX, N2O, SO2, HCl e mercúrio durante a co-combustão de carvão com cinco diferentes combustíveis auxiliares. Mais ainda, ficou demonstrada a redução nas quantidades de CO2 libertadas o que enaltece e reforça a opção pela co-combustão. O âmbito deste trabalho poderá ser estendido a outros poluentes e a outros tipos de biomassa e resíduos para optimizar as emissões.
- Desenvolvimento de processos de co-gasificação de carvão com resíduosPublication . Andre, Rui N.Portugal e a maioria dos países da União Europeia são altamente dependentes da importação de fontes de energia que permitam manter os níveis de conforto e de qualidade de vida a que a sua população se habituou. Em virtude do tempo de vida limitado das reservas de petróleo, principal combustível fóssil utilizado, e face aos problemas políticos, sociais e económicos dos principais países produtores deste combustível, é urgente diversificar os processos de produção de energia, bem como encontrar fontes energéticas alternativas. Uma delas poderá ser a co-gasificação aplicada ao processamento de carvão misturado com resíduos com potencial energético, sendo este um dos aspectos inovadores deste trabalho, de forma a valorizar esses resíduos e simultaneamente reduzir a carga poluente a eles associada. Este trabalho teve como principal objectivo estudar o efeito das condições experimentais, de modo a seleccionar as variáveis que permitissem maximizar o rendimento e a qualidade do gás produzido por co-gasificação em leito fluidizado usando misturas de ar e vapor. Os resultados obtidos mostraram que a composição das misturas a co-gasificar, assim como o tipo e características dos resíduos a utilizar afectavam bastante a composição e o rendimento do gás obtido. No presente trabalho foi estudada a co-gasificação de um carvão, proveniente das minas de Puertollano, em Espanha, misturado com diferentes teores de resíduos, tendo sido utilizados resíduos de polietileno e de biomassa. Foi utilizada biomassa florestal, pinho, e bagaço de azeitona, proveniente da indústria de produção de azeite. De um modo geral, o aumento da quantidade de resíduos a co-gasificar aumentava o teor em hidrocarbonetos no gás e consequentemente o seu poder calorifico, o que seria vantajoso se esse gás se destinasse a ser utilizado como combustível, próximo da unidade de produção. Caso contrário e devido ao teor elevado em alcatrões, que poderia causar problemas mesmo no transporte do gás, seria preferível reduzir o teor em hidrocarbonetos, especialmente se o gás se destinasse à produção de energia, a partir da utilização em motores, turbinas ou pilhas de combustível, que exigem um controlo apertado de determinados constituintes, tais como: partículas, alcatrões, ou compostos de enxofre. A redução do teor em alcatrões mostrou-se particularmente necessária quando foram utilizados resíduos de polietileno. O trabalho desenvolvido mostrou que a partir da selecção de condições operatórias adequadas era possível atingir este objectivo, nomeadamente através da utilização de temperaturas de ensaio mais elevadas e de maiores caudais de ar. O aumento da temperatura permitiu reduzir consideravelmente os teores de hidrocarbonetos gasosos, de alcatrões e de carbonizado aumentando o rendimento do gás e a produção de hidrogénio. As evoluções das concentrações de hidrogénio e de hidrocarbonetos foram opostas, pois um aumento da temperatura de 765 para 885ºC, durante a co-gasificação de carvão misturado com 20 % (m/m) de PE, permitiu aumentar a concentração de hidrogénio em 56% e diminuir a de hidrocarbonetos gasosos de 47%. Os resultados obtidos mostraram que em termos técnicos a temperatura a seleccionar deveria ser relativamente elevada, entre 850 e 900ºC. O aumento do caudal de ar e consequentemente da razão de equivalência também permitiu diminuir apreciavelmente os teores de alcatrões e de carbonizado, conduzindo a um gás com menores concentrações de hidrocarbonetos e de hidrogénio e com maiores teores de CO e sobretudo de CO2, devido à oxidação parcial do gás formado, apresentando este consequentemente, um menor poder calorífico. Com tal, os resultados obtidos mostraram que embora a razão de equivalência dependesse da composição da mistura a co-gasificar e da aplicação do gás produzido, não deveriam ser seleccionados valores superiores a 0,20 para este parâmetro, uma vez que tal correspondia a inverter as concentrações relativas de H2 e de CO2, tornando-se o gás mais rico neste último componente. Reduções adicionais dos teores de alcatrões e de carbonizado e consequentemente o aumento do rendimento do gás foram conseguidos com a introdução de catalisadores no meio reaccional sendo estre também outro aspecto inivado do trabalho desenvolvido. Dos vários catalisadores testados deve salientar-se a dolomite, pela sua acção moderada e o seu baixo custo e também um catalisador de óxido de níquel suportado em alumina (Ni-Al) que revelou ser o mais eficaz, embora apresentasse um custo mais elevado. A presença de 25% (m/m) de dolomite no leito durante a co-gasificação de carvão Puertollano misturado com 20 % (m/m) de PE e 20 % (m/m) de pinho a 845ºC, permitiu aumentar o rendimento do gás em 35% e reduzir em 55 % e em 47%, respectivamente os teores em alcatrões e em carbonizado. A utilização de óxido de níquel durante a co-gasificação da mesma mistura de carvão e resíduos, permitiu aumentar o rendimento do gás em 75% e diminuir em 79 % e 66% respectivamente os teores em alcatrões e em carbonizado. Os resultados obtidos demonstraram que seria interessante combinar a acção destes dois catalisadores, utilizando a dolomite dentro do reactor de gasificação, podendo o catalisador de óxido de níquel ser utilizado num segundo reactor sempre que o aperfeiçoamento das características do gás produzido assim o exigisse. O trabalho desenvolvido de co-gasificação de carvão misturado com resíduos demonstrou a viabilidade técnica deste tipo de tecnologia para o processamento de resíduos com aproveitamento do seu teor energético, quer à escala laboratorial, quer à escala piloto. O estudo do efeito das condições experimentais conduziu em ambos os casos ao mesmo tipo de tendências e a composições gasosas muito semelhantes, embora as razões de caudais entre o reactor piloto e laboratorial tivessem aumentado 16,7 vezes. Estes resultados promissores encorajam a continuação do estudo do efeito do aumento da escala e a demonstração desta tecnologia a uma escala semi-industrial. Outro dos aspectos inovadores do trabalho realizado foi o desenvolvimento de um processo de modelação com o programa CHEMKIN, modificando um modelo cinético (GRI-mech) desenvolvido para simulação de oxidação. para o adaptar à descrição dos fenómenos e das reacções químicas que ocorrem durante a co-gasificação, permitiu melhorar o conhecimento sobre o tipo de sistemas estudado. O modelo desenvolvido permitiu conhecer quais as reacções químicas que apresentam uma velocidade mais elevada e os correspondentes parâmetros cinéticos, sendo portanto possível prever a composição final do gás produzido a partir da constituição da mistura de carvão e diferentes resíduos a co-gasificar, desde que estes apresentem composições químicas não muito diversas das utilizadas no presente estudo. ABSTRACT: Portugal, like most European Union countries is highly dependent on energy import to assure its population requirements for achieving high comfort levels and high living standards. The known viable resources of oil that is the most used fossil fuel, petroleum, have a limited lifetime, and the social, political and economical problems of the main oil producing countries put at risk petroleum supplies at acceptable prices. Therefore, it is urgent to find more efficient processes to obtain energy and also alternative energy sources. The application of co-gasification technology to process coal blended with wastes with energetic content is one to the innovative aspects of the work done, which showed that this is a very promising technology both for its energy output and for the reduction of the environmental impact currently associated with these residues. This work main objective was to study the effect of experimental conditions, in order to select the variables that could maximize syngas yield and quality, produced through fluidized bed gasification in presence of steam and air. The results have shown that both the fuel composition and the residues characteristics had a high impact on gas yield and composition. A low volatile coal from Puertollano mines, in Spain, was co-gasified with different amounts of residues like biomass and polyethylene. Biomass tested was forestry pine and bagasse residues from the olive oil industry. Increasing the residue amount in the initial fuel mixtures led to a syngas with higher hydrocarbon contents and also with a higher calorific value, especially useful if the gas is to be burnt as a gaseous fuel near the main energy installation. However, the gas high tar contents may have a negative impact on its transportation and is also unsuitable if the gas is to be used on different energy production units like engines, turbines or fuel cells. These units are very exigent regarding tar and hydrocarbon contents and also other gas contaminants like particles or sulphur oxides. Tars release was particularly high when polyethylene was present in the initial fuel mixture. The use of higher temperatures and higher air flow rates was shown to have a major impact on tar reduction. Higher temperatures decreased gaseous hydrocarbons contents, tar and char formation, with higher gas yields and hydrogen selectivity. The rise of temperature favoured hydrogen release, probably at the expenses of tars and hydrocarbons decomposition mainly through cracking and reforming reactions. The increase of temperature from 765 to 885ºC during co-gasification of coal blended with 20 % (w/w) of PE, led to a decrease in gaseous hydrocarbons concentration, of about 47%, whilst hydrogen content increase around 56%. The results obtained have shown that a high temperature, around 850 to 900ºC should be selected. The rise of air flow rate and consequently of equivalent ratio, also allowed decreasing tars, char, gaseous hydrocarbons and hydrogen contents, whilst CO and CO2 concentrations increased, due to partial oxidation reactions. Therefore, the syngas produced presented lower energy contents. The results obtained have shown that the selection of the right air flow rate depended on the waste type and amount to be co-gasified and also on the syngas end-use, however, equivalent ratios higher than 0.20 should be avoided as they led to an inversion in relative concentrations of H2 and CO2, being the gas poorer in the former component. Further reductions in tars and char and consequently increases in gas yields were achieved with the addition of catalysts to the reactional medium which was one of the innovative aspects of this work. Of the several catalysts studied, dolomite and Ni-Al catalyst (nickel oxide supported in alumina) should be focused. The former one due to its low cost and moderate action and the latter because, despite being more expensive, it was the most active. The addition of 25% (w/w) of dolomite to the gasification bed during co-gasification of coal mixed with 20% (w/w) of PE and of 20% (w/w) of pine at 845ºC, allowed decreasing tars and char contents of about 55% and 47%, respectively, whilst increasing gas yield of around 35%. The presence of the same amount of Ni-Al increased gas yield of about 75%, whilst reduced tars and char contents of about 79% and 66%, respectively. These results have shown that it would be useful the combination of both catalysts, using dolomite inside the gasification reactor, while Ni-Al catalyst could be used in a second reactor to further treat the syngas produced in the first one, by this way the life cycle of the latter catalyst could be increased. Co-gasification studies of coal mixed with wastes showed that this technology was technical viable to process wastes with valuable energetic content, both at lab and pilot scales. The study of the experimental conditions effect led to the same tendencies and to similar gas compositions in both installations, even being pilot feeding ratios 16.7 higher than lab ones. These promising results encourage further increasing of scale and the demonstration of this technology at semi-industrial scale. CHEMKIN software and an existing kinetic model (GRI-mech) were used to simulate the chemical reactions and the phenomena that occur during cogasification of coal and wastes. However, as this model had been developed for combustions systems, it had to be modified and adapted for a better description of gasification phenomena, which was another of the innovative aspects of the research work. The modified model allowed the assessment of the reactions with higher rates, that is to say those that most contribute to syngas final composition, and the respective kinetic parameters. Through this model it is also possible to predict the composition of the syngas produced by cogasification of other coal and wastes mixtures, providing the wastes to be used present a chemical composition similar to the ones used in this study.
- Produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos por pirólise de resíduos plásticosPublication . Costa, PaulaA sociedade moderna está bastante dependente do petróleo, quer em termos de combustível, quer como matéria prima fundamental para numerosas indústrias. Perante esta situação é urgente gerir de forma mais eficaz os recursos petrolíferos que ainda nos restam, quer por técnicas de optimização de eficiência energética pela utilização de fontes alternativas para obtenção de combustíveis, quer ainda por processos de reciclagem e reutilização dos recursos provenientes do petróleo, de modo a diminuir o recurso crescente ao petróleo. Por outro lado os resíduos plásticos, sofreram um enorme crescimento, sendo por isso uma das principais preocupações da União Europeia. A necessidade de encontrar soluções urgentes para os problemas mencionados, conduziu ao estudo da pirólise para efectuar o aproveitamento energético dos resíduos plásticos. A pirólise é especialmente adequada para a reciclagem de misturas de resíduos plásticos uma vez que, contrariamente à reciclagem física ou mecânica, não exige a presença de um único tipo de plástico e permite a existência de contaminantes ao contrário da reciclagem física, constituindo este aspecto a principal vantagem da pirólise. Este trabalho teve como principal objectivo estudar a pirólise de resíduos plásticos para efectuar o seu aproveitamento energético sem recorrer ao uso de catalisadores, e com condições experimentais economicamente mais favoráveis, nomeadamente temperaturas mais baixas. O trabalho teve como fase inicial o estudo das condições experimentais nomeadamente, o tempo e temperatura de reacção e a pressão inicial, a fim de optimizar os rendimentos e a qualidade dos produtos. Foram estudados os três tipos de plásticos mais utilizados: PE (polietileno), PP (polipropileno) e PS (poliestireno). Este estudo revelou os seguintes valores para condições mais favoráveis: tempo reacção 30 minutos, pressão inicial de 0,41 MPa e temperatura 400ºC. Estas condições foram utilizadas para estudar o efeito da composição dos resíduos plásticos e do aumento de escala nos rendimentos e composição dos produtos. Verificou-se que a composição das misturas de resíduos foi o parâmetro que mais afectou os resultados obtidos. Esse efeito foi mais notório na composição dos produtos líquidos, tendo-se detectado que a presença de maiores teores de polietileno nas misturas favoreceu a formação de alcanos, a presença de polipropileno aumentou a concentração de alcenos e a de poliestireno favoreceu a formação de compostos aromáticos. Foi também estudada a ocorrência de eventuais interacções durante a pirólise de misturas de resíduos plásticos. Para tal, foram comparados os resultados obtidos na pirólise de várias 2 misturas dos três tipos de plásticos estudados com os resultados obtidos por pirólise dos plásticos usados individualmente. Apenas na composição dos produtos líquidos foram detectadas interacções entre os produtos formados por pirólise. Verificou-se que a presença de poliestireno parece ter um efeito predominante em relação aos outros plásticos, uma vez que, a existência de maiores teores deste plástico aumentou significativamente a concentração de compostos aromáticos na fracção líquida e diminuiu a de alcenos. O efeito do aumento de escala no processo de pirólise de resíduos plásticos também foi estudado, utilizando-se três reactores com diferentes capacidades, tendo este efeito sido diverso consoante a mistura de resíduos plásticos testada, o que não permitiu estabelecer claramente o efeito das dimensões do reactor no processo de pirólise. Provavelmente o efeito da composição das misturas sobrepôs-se ao da influência das características do reactor. A razão entre o volume do reactor e a quantidade de mistura utilizada também parece ter sido um parâmetro importante, uma vez que, esta razão teve de ser igual ou superior a 10, caso contrário não ocorria a formação de compostos líquidos. Por último foram efectuados estudos cinéticos destes três tipos de plásticos usados individualmente e de uma mistura contendo igual percentagem de todos eles. Com base nos resultados obtidos nos diversos ensaios, a diferentes temperaturas e tempos de reacção, foram propostos mecanismos reaccionais para todos os plásticos testados e para a mistura. Baseado no esquema reaccional proposto, foram desenvolvidos modelos cinéticos para a pirólise de PE, PP e PS e da mistura. Verificou-se que os resultados obtidos pelos modelos se ajustaram satisfatoriamente aos resultados experimentais, permitindo explicar os diversos resultados obtidos na pirólise. Os parâmetros cinéticos foram estimados verificando-se, em todos os casos, a possível dependência da energia de activação e do factor pré-exponencial da temperatura, não exibindo, por isso, algumas constantes de velocidade, uma dependência linear com a temperatura, na sua forma logarítmica. A composição das várias fracções obtidas na pirólise também foi analisada e com base nos resultados obtidos foram propostos esquemas reaccionais para a degradação dos três tipos de plástico e da mistura destes. Os resultados obtidos demonstraram que a pirólise de resíduos plásticos poderá, no futuro, desempenhar um papel importante no aproveitamento energético destes resíduos, embora o seu estudo deva ser continuado de forma a melhorar os aspectos económicos desta tecnologia e a demonstrar a sua viabilidade à escala industrial.