Loading...
3 results
Search Results
Now showing 1 - 3 of 3
- A “Janela Ordovícica” no Devónico do Sinclinal de Portalegre (Portugal): história, bioestratigrafia e contexto geodinâmicoPublication . Pires, Miguel; Pereira, Sofia; Colmenar, JorgeRESUMO: A “janela” ou “ilha” ordovícica do Devónico de Portalegre, descoberta por Nery Delgado em 1901 a sul do Monte Sete, foi sendo perpetuada na literatura geológica portuguesa sem nunca se conseguir reencontrar. Neste trabalho, apresenta-se a localização, litoestratigrafia e associações paleontológicas deste afloramento clássico. Os níveis aflorantes compreendem uma sucessão que abarca as formações Brejo Fundeiro, Monte da Sombadeira e Fonte da Horta. Na Formação Brejo Fundeiro foram identificadas trilobites (Ectillaenus, Eodalmanitina, Zeliszkella?, Crozonaspis?, Colpocoryphe e Neseuretus), ostracodos (Medianella?), graptólitos (Didymograptus) e raros braquiópodes (Rowellella e Orthidae indet.); a Formação Monte da Sombadeira não proporcionou nenhum fóssil e a Formação Fonte da Horta trilobites (Neseuretus e Plaesiacomia) e um braquiópode (Apollonorthis). Estas associações fossilíferas caracterizam, respetivamente, o Oretaniano e o Dobrotiviano inferior (Ordovícico Médio, Darriwiliano). Discute-se o contexto geodinâmico desta ocorrência (cavalgamento, desligamento, olistólito ou antiforma) com base nas diferentes interpretações cartográficas do sinclinal que têm sido propostas quer no setor português, quer espanhol (Sinclinal de La Codosera).
- Os primeiros fósseis do Ordovícico de Águeda (Aveiro): Implicações lito e bioestratigráficasPublication . Pereira, Sofia; Colmenar, Jorge; Pires, Miguel; Young, Tim; Gomes, A.; Polechová, Marika; Vaz, NunoRESUMO: Apresentam-se os primeiros fósseis do Ordovícico de Águeda, provenientes de níveis de meta-argilitos intercalados numa sequência arenítica metamórfica de Arrancada do Vouga. A associação, moderadamente diversa, inclui trilobites [Crozonaspis cf. incerta (Deslongchamps) e Crozonaspis sp.], bivalves [Praenucula sp., Cardiolaria cf. beirensis (Sharpe), Praeleda cf. ribeiroi (Sharpe), Hemiprionodonta cf. lusitanica (Sharpe), Tancrediopsis escosurae? (Sharpe) e Myoplusia? sp.], gastrópodes (Bellerophontidae indet. e Platyceratidae indet.), braquiópodes (Heterorthina sp.), ostracodos (Conchoprimitia? sp.) e quitinozoários (Desmochitina minor Eisenack), os quais indicam a idade Dobrotiviano superior (ca. Darriwiliano superior Sandbiano inferior). A sequência metarenítica descrita apresenta afinidades com a Formação Cabril da Zona Centro-Ibérica de Portugal central. Do ponto de vista bio e litostratigráfico, a sucessão ordovícica de Águeda apresenta uma maior afinidade com os setores meridionais da ZCI, e não com o setor norte (e.g. Valongo), contrariamente às restantes áreas incluídas na faixa de cisalhamento Porto – Albergaria-a-Velha.
- Primeiro registo de trilobites no Silúrico de Portugal (Sinclinal de Moncorvo)Publication . Pereira, Sofia; Silvério, Gonçalo; Colmenar Lallena, Jorge; Moreira, Noel; Silva, D.; Sá, ArturRESUMO: A ocorrência de fósseis de trilobites em Portugal é conhecida desde há mais de 150 anos, mas permanecia por comprovar a presença deste grupo nas litologias do Silúrico. Reporta-se agora o primeiro registo de trilobites no Silúrico de Portugal, numa sucessão de intercalações de argilitos e calcários da Formação Campanhó do Sinclinal de Moncorvo. As trilobites são raras, estando a associação amplamente dominada por equinodermes scyphocrinitídeos, com cefalópodes nautiloides ortocónicos, tendo ainda sido registado um único fóssil de bivalve, Panenka?, constituindo também o primeiro registo do grupo no Silúrico da região. Do ponto de vista sistemático, foi possível identificar o encrinurídeo Cromus sp. e os phacopídeos Ananaspis? e Denckmannites?. Não obstante a identificação em nomenclatura aberta, o material português apresenta maior semelhança com as espécies-tipo destes géneros, respetivamente Cromus intercostatus, Denckmannites volborthi e Ananaspis fecunda, as três identificadas na Formação Kopanina do Ludlow da Chéquia, sugerindo a mesma idade para os níveis estudados. Os novos dados estreitam a relação deste setor da Zona Centro-Ibérica com as faunas bentónicas silúricas de afinidades boémicas, já reconhecidas no NO de Espanha, Pirenéus, Catalunha e na Zona de Ossa Morena, sendo distintas da restante Zona Centro-Ibérica e semelhantes ao norte de África e Boémia.