Loading...
Research Project
INSTITUTE OF EARTH SCIENCES
Funder
Authors
Publications
Quistos de dinoflagelados do Cenomaniano médio da Nazaré. Paleoambientes e implicações biostratigráficas
Publication . Fernandes, L. B.; Bonito, A.; Castro, Ligia; Alves, Maria Isabel C.; Callapez, Pedro M.
RESUMO: No registo estratigráfico das séries pós-rifte do Cretácico Superior de Portugal destaca-se a Plataforma Carbonatada Ocidental Portuguesa, extenso corpo marinho do Albiano médio ao Turoniano
inferior, contemporâneo de máximos eustáticos e inundação generalizada das margens continentais europeias e norte-africanas do Mar de Tétis. Considerado um dos seus principais afloramentos, o promontório da
Nazaré expõe uma sucessão carbonatada com abundante conteúdo fóssil. Em particular, as suas fácies lagunares do Cenomaniano médio, ricas em matéria orgânica, constituem um local de excelência para o estudo de quistos de dinoflagelados (ou dinoquistos). Os estudos palinológicos efetuados nestas fácies demonstraram a presença de associações diversas de dinoquistos (Subtilisphaera sp., Xenascus sp., grupo Sentusidinium e Florentinia sp.), identificando taxa inéditos para o Cretácico português, acrescentando novos dados biostratigráficos e paleoambientais. As associações sugerem a existência de ambiente margino-lagunar, ligado ao desenvolvimento de uma plataforma carbonatada interna e afetado por acarreio detrítico fino proveniente de drenagem fluvial.
Tentaculites e cornulitídeos de Portugal: revisão bibliográfica e museológica
Publication . Silvério, Gonçalo; Pereira, Sofia; Moreira, Noel; Piçarra, José Manuel; Machado, Gil
RESUMO: As tentaculites e as cornulites (=cornulitídeos) são grupos extintos de animais invertebrados de afinidade controversa que têm recebido pouca atenção em Portugal. Neste trabalho, dá-se a conhecer o
estado atual do conhecimento das tentaculites e cornulites portuguesas, através de um levantamento bibliográfico detalhado, análise de material depositado nos vários museus portugueses com coleções paleontológicas e dados inéditos. Esta revisão permitiu determinar que os grupos estão
representados em rochas de idades compreendidas entre o Ordovícico e o Devónico, quer em sequências carbonatadas, quer em depósitos marinhos siliciclásticos de granularidade variável, na Zona Centro-Ibérica
(Anticlinal de Valongo, Estrutura Marão-Alvão, Sinclinal do Buçaco, Sinclinal de Fajão-Muradal, Sinclinal de Amêndoa-Carvoeiro e Sinclinal de Portalegre) e na Zona de Ossa-Morena (Anticlinal de Estremoz, Sinclinal de Terena, Bacia de Cabrela e Calcários de Odivelas). As identificações sistemáticas prévias, ainda que desatualizadas, sugerem a existência de oito espécies pertencentes aos géneros Tentaculites, Cornulites e Nowakia. Uma revisão sistemática dos registos portugueses é essencial para determinar a diversidade, paleobiogeografia e potencial biostratigráfico dos grupos em Portugal.
Assinatura Geoquímica das Metantracites da Bacia Carbonífera do Douro: Efeitos Geológicos e Influências Ambientais
Publication . Costa, Mariana Isabel Macedo da; Flores, Deolinda; Jesus, A. Pinto de
RESUMO: Este trabalho teve como objetivo estudar a geoquímica inorgânica dos carvões da Bacia Carbonífera do Douro (BCD), como contributo para o conhecimento da génese e história geológica desta bacia. Para tal foram estudadas 24 amostras de carvão do Setor de São Pedro da Cova e, do Setor do Pejão, 18 amostras de carvão e 9 de brecha de base. Estas amostras foram sujeitas a estudos petrográficos, geoquímicos, tanto orgânicos como inorgânicos, e mineralógicos. Os resultados demonstraram que estes carvões são classificados como antracite A, à exceção de 6 amostras do Setor do Pejão, que são identificadas como rochas carbonosas (rendimentos em cinzas superiores a 50%), segundo a norma ISO 11760, 2005, e o componente orgânico mais abundante é a vitrinite, mais concretamente a telovitrinite, em ambos os setores.
A maioria dos elementos tem afinidade inorgânica com associação aos aluminossilicatos e aos sulfuretos. O sulfureto mais comum é a pirite, tendo-se identificado também galena, blenda e calcopirite. Quanto ao cinábrio, com enorme presença em todas as amostras do Setor de São Pedro da Cova, foi apenas identificado
numa amostra no Setor do Pejão. O filossilicato mais comum é a moscovite em ambos os setores, sendo que no Setor de São Pedro da Cova também foi identificada a ilite, e no Setor do Pejão a vermiculite, caulinite e também a biotite. Nestas amostras foram identificados fosfatos, nomeadamente a fluorapatite, o mais comum, o xenótimo e também a monazite, sendo que no Setor do Pejão foi identificada a cheralite, uma monazite de Th. A gorceixite (fosfato com alumínio) foi apenas identificada no Setor de São Pedro da Cova, um importante indicador da ocorrência de circulação de fluidos magmáticos entre a UTS B1 e a UTS D1. A distribuição das concentrações dos elementos de terras raras (ETR) apresentam-se heterogéneas nas quatro camadas de carvão do Setor de São Pedro da Cova, mais um indicador de circulação de fluidos magmáticos nestas camadas. O mesmo não acontece quando comparados os padrões de distribuição da Bacia Oriental, uma escama tectónica do Setor de São Pedro da Cova, bem como com as camadas de carvão pertencentes ao Setor do Pejão, estes apresentam-se muito menos enriquecidos e mais homogéneos.
Caracterização preliminar da deformação dos ortognaisses alcalinos e hiperalcalinos da Faixa Blastomilonítica (Zona de Ossa-Morena)
Publication . Roseiro, José; Moreira, Noel; Nogueira, Pedro; de Oliveira, Daniel Pipa Soares
SUMMARY: In the Blastomylonitic Belt (northernmost Ossa-Morena Zone), alkaline and peralkaline orthogneisses are found as elongated bodies with WNW-ESE to NW-SE orientation hosted within a strongly deformed Neoproterozoic to Lower Cambrian metasedimentary strata. Despite some similarities between them (ascribed to the very similar nature of their igneous protolith) the deformational features displayed in all of them are different, for example in the mineral segregation and recrystallization (including the development of augens) observed, and in different strike-dip orientation of foliations and lineation plunge. The dissimilarities are presumably due not only from different primary features, but also to the type of ductile shearing and metamorphic conditions they underwent. This way, field data will be complemented with petrographic studies for mineralogical and microdeformation characterization, and crossed to the regional structural information, thus constraining the deformation patterns of the alkaline-peralkaline orthogneisses on the Blastomylonitic Belt.
Contact metamorphism and dolomitization overprint on Cambrian carbonates from the Ossa‑Morena Zone (SW Iberian Massif): implications to Sr‑chronology of carbonate rocks
Publication . Roseiro, José; Moreira, Noel; Andrade, Laura; Nogueira, Pedro; de Oliveira, Daniel Pipa Soares; Eguiluz, Luis; Mirao, Jose; Moita, Patrícia; Santos, José Francisco; Ribeiro, Sara; Pedro, J.
ABSTRACT: he Cambrian Series 2 Carbonate Formation from the Alter do Chão Elvas-Cumbres Mayores unit (Ossa-Morena Zone, SW Iberian Massif) is composed of regionally metamorphosed marbles and marlstones that underwent chlorite zone metamorphism and preserve the primaeval limestone 87Sr/86Sr ratios (0.7083–0.7088). These are consistent with the established Lower Cambrian seawater curve, and therefore used for age constraints in formations lacking fossil contents. The regional mineralogical and Sr-isotopic features of the carbonate rocks are frequently overprinted by the effects of contact metamorphism induced by magmatic bodies emplaced during rift-related and synorogenic events of the Palaeozoic, as well as by post-metamorphic dolomitization processes. The development of calc-silicate minerals due to contact metamorphism is common in the rocks of the Carbonate Formation and apparently results from the interaction of the protolith with fluids of different origin: (i) internally produced fluids released by conductive heating (observed in external contact aureoles) and (ii) external intrusion-expelled fluids that, besides leading to the appearance of distinctive assemblages, also promote an influx of strontium content (observed in roof pendants). Calc-silicate mineralogy varies substantially throughout the region, likely due to the heterogeneous distribution of silicate minerals of the protolith, progression of intrusion-driven fluids, and the irregular effect of thermal gradients. Results suggest that high-grade contact metamorphism (hornblende facies or higher) and dolomitization processes imposed on the Carbonate Formation significantly influence the isotopic signatures of the carbonates, providing limitations in applying Sr-isotopic chronology.
Organizational Units
Description
Keywords
Contributors
Funders
Funding agency
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
Funding programme
6817 - DCRRNI ID
Funding Award Number
UIDP/04683/2020