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Nas orlas sedimentares mesozóicas de Portugal há ocorrências de águas cloretadas sódicas com salinidades elevadas, por vezes
muito superiores à da água do Atlântico. Na Orla Algarvia ocorrem alguns casos, mas são mais frequentes na Orla Ocidental,
sobretudo entre Leiria e Torres Vedras. No caso das que ocorrem na Orla Ocidental, aparecem associadas a afloramentos da
Formação de Dagorda, do Jurássico inferior, unidade evaporítica que marca o começo da transgressão marinha relacionada com a
abertura do Atlântico. Estes afloramentos são controlados por falhas com actividade no Quaternário. Algumas destas águas da
Orla Ocidental deram origem a centros de produção de sal comum (salinas ou marinhas), mas hoje só há um caso em Fonte da
Bica, arredores de Rio Maior, a cerca de oitenta quilómetros a norte de Lisboa. O local, incluído no Parque Natural das Serras de
Aire e Candeeiros, fica a três dezenas de quilómetros do Atlântico. Em 1997 foi classificado como "Imóvel de Interesse Público".
Dada a importância patrimonial do conjunto, que envolve uma dimensão natural, geológica e outra industrial e social, materializada
na milenar exploração do sal, defende-se a instalação de um "Centro de Interpertação" que potencie a apetência pelo Lugar
enquanto destino de turismo cultural.
Description
Keywords
Património natural Património geológico Património industrial Salinas Salinas de Rio Maior (Portugal)
Citation
Calado, Carlos; Brandão, José Manuel - Salinas interiores em Portugal : o caso das marinhas de Rio Maior. In: Geonovas, nº 22 (2009), p. 45-54