HPGM - Artigos em revistas nacionais
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Recent Submissions
- Geologia colonial: o protagonismo do museu da Politécnica de LisboaPublication . Brandão, José Manuel Moraes Vale; Póvoas, Liliana; Lopes, CésarRESUMO: O Museu Mineralógico e Geológico instalado na antiga Escola Politécnica de Lisboa incorporou, desde finais do século XIX, centenas de amostras geológicas ultramarinas resultantes de colheitas dos delegados científicos e de ofertas de agentes da administração colonial. Estes materiais propiciaram, além de matéria de publicações científicas, a constituição de um importante repositório das “riquezas” do subsolo daqueles territórios, acessível aos investigadores e a outros interessados desde meados de 1936, quando foi aberta a “Sala do Império Colonial”. Este acervo e as relações privilegiadas com África e com o Ministério das Colónias (mais tarde Ministério do Ultramar), mantidas por docentes e investigadores, colocaram a “Politécnica” numa posição axial nos estudos de geologia das antigas colónias portuguesas, reforçada através de novas missões em África e na Índia, a partir dos anos de 1960. Apesar dos danos e perdas decorrentes do incêndio de 1978, o remanescente destas coleções, mineralógicas, paleontológicas e petrográficas, em curso de recuperação e inventariação, ainda hoje conserva o interesse, tanto como testemunho da geodiversidade daqueles territórios, como do ponto de vista da história das geociências em Portugal. Ao revisitar e cruzar coleções, documentos de arquivo e publicações, o presente artigo identifica as motivações e os contextos de formação deste acervo colonial, elencando os seus principais atores.
- Sem água não há eletricidade: o caso da Central Lena em Porto de MósPublication . Brandão, José Manuel Moraes Vale; Sousa, Fernanda ReisRESUMO: A baixa qualidade dos carvões lignitosos explorados nas concessões do Couto Mineiro do Lena recomendava, vivamente, a sua utilização “à boca da mina”, em fornos de cerâmica e de fabrico de cais para a construção, em destilados e briquetes e na produção de eletricidade. Esta última proposição começou a ser implementada no final da década de 1920, com o lançamento da construção de uma central termoelétrica que entraria em funcionamento poucos anos depois. A definição do local de construção condicionada, entre outros fatores, pelas disponibilidades em água necessária para assegurar o funcionamento das caldeiras, e dos equipamentos eletromecânicos e de arrefecimento, foi difícil, tendo a concessionária das minas oscilado entre a Batalha, mais perto da fonte de carvão, e Porto de Mós onde iriam ser concentrados os seus principais serviços. Se bem que possam fazer-se leituras diferentes, a decisão sobre o local de implantação da obra, à entrada de Porto de Mós, foi eminentemente técnica, marcada sobretudo pelas facilidades na tomada de água, garantido um caudal suficiente e contínuo, e acordadas com o município as devidas contrapartidas.
- Geodiversidade na Guiné-BissauPublication . Alves, Paulo; Temudo, MarinaRESUMO: O conceito de geodiversidade que se assume baseia-se em Stanley (2001), ou seja, consiste no vínculo entre pessoas, paisagens e culturas, abrangendo a variedade de ambientes geológicos, fenómenos e processos envolvidos na construção dessas paisagens, incluindo as rochas, minerais, fósseis e solos, num conjunto que proporciona a estrutura para a vida (e para a biodiversidade) na Terra. A geodiversidade na República da Guiné-Bissau (GB) é apresentada em dois conjuntos, primeiro enumerando várias morfologias e tipos de ocorrências que constituirão património geológico em sentido lato, focando depois a relação abrangente entre população e geologia.
- Geoturismo e desporto aventura nos Açores : aplicação ao caso do canyoningPublication . Alves, Paulo; Silva, FranciscoRESUMO: O património geológico é um importante ativo turístico nos Açores, região que tem vindo a afirmar-se como destino de excelência para o turismo na natureza. Todos os stakeholder, desde os turistas aos residentes e aos agentes ligados ao ordenamento do território ou ao planeamento turístico são unânimes no facto da imagem deste destino estar estritamente associado ao património natural, à vulcanologia, à paisagem e ao turismo na natureza. Essa atratividade acentua-se quando se trata de desporto aventura, estando associada a factores como: riqueza da morfologia e geodiversidade; preservação do geopatrimónio; clima e biodiversidade; sócio-economia local, inclusive com a reduzida afetação antrópica que ainda caracteriza muitas regiões. Os circuitos turísticos com enfoque no turismo cultural e na natureza de forma contemplativa, conjuntamente com os passeios de barco e percursos pedestres marcaram a forma de ser turista no Arquipélago durante uma fase inicial da procura turística.
- As coleções de braquiópodes paleozóicos do Museu Geológico do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, Lisboa, PortugalPublication . Schemm-Gregory, Mena; Henriques, Maria HelenaAs coleções de braquiópodes do Museu Geológico de Lisboa são aqui analisadas quanto à proveniência do material, sua posição estratigráfica e quantidade. Correspondem a 5 coleções distintas, aqui comparadas em termos de quantidades de lotes e de géneros neles incluídos. Salvo algumas exceções, todos os braquiópodes destas coleções são de idade devónica. A Coleção de Braquiópodes Paleozoicos portuguesa foi fundamentalmente recolhida por Nery Delgado e provém de 7 distritos, sendo maioritariamente oriunda dos distritos de Portalegre, Porto e Santarém. As outras 4 coleções contendo braquiópodes são provenientes do estrangeiro e têm diferentes origens. É, igualmente, apresentada uma pequena síntese sobre a história de cada coleção, e discutido o seu valor estratigráfico e a sua importância para a correlação de unidades estratigráficas aflorantes em Portugal e no estrangeiro. Fornece-se, ainda, uma lista dos géneros de braquiópodes nelas representados.
- Relatório da Comissão Geológica do Reino acerca da viagem feita aos diversos países da Europa pelo Membro Carlos Ribeiro em 1858Publication . Ribeiro, Carlos; Ramalho, Miguel MagalhãesApresentação do Relatório da viagem de Carlos Ribeiro, da Comissão Geológica do Reino, a diversos países da Europa (França, Áustria, Hungria, Itália e Espanha) de 4 de julho a 14 de dezembro de 1858. A viagem teve por objetivos adquirir coleções e livros científicos, classificar os fósseis das bacias terciárias marinhas do Tejo e do Guadiana e estabelecer contactos com os cientistas das instituições europeias congéneres.
- Janelas sobre mundos extintos : reflexões sobre comunicação em PaleontologiaPublication . Brandão, José Manuel Moraes Vale; Callapez, Pedro M.; Santos, Vanda Faria dos; Rodrigues, Nuno P. C.
- Colecções paleontológicas estrangeiras do MIGMPublication . Brandão, José Manuel Moraes Vale; Almeida, Joanna P.
- Um caso de estudo : o arquivo das minas do Lousal (Grândola, Portugal)Publication . Brandão, José Manuel Moraes Vale; Carvalho, Carmen; Castro, ElianaNo presente artigo, os autores reflectem sobre a problemática da gestão de um arquivo empresarial em contexto museológico e apresentam, em linhas gerais, um caso exemplar: a organização e conservação de parte do fundo documental da antiga concessionária das minas Lousal, Mines et Industries (1936-1988). Estes documentos estão actualmente depositados no Museu Mineiro local. Apontam-se também algumas sugestões para a sua futura gestão.
- Dois Likes de Darwin aos trabalhos de Carlos Ribeiro : ainda a questão do Homem TerciárioPublication . Brandão, José Manuel Moraes ValeO autor tem como pano de fundo duas cartas assinadas por Charles Darwin (1809-1882), descobertas recentemente entre o acervo epistolar da Comissão Geológica de Portugal (1857-1918), hoje incorporado no Arquivo Histórico do Laboratório Nacional de Energia e Geologia. Com base nessa documentação, recorda o envolvimento de Carlos Ribeiro (1813-1882), engenheiro chefe da Comissão e arqueólogo, na controversa questão do “Homem do Terciário português”, discutindo a possível ligação dessa problemática com o envio daquelas missivas.